Fuscachambó - 31julho2000
Jacinto Cabreira anda empolgado com a história de ETs e discos voadores que o jornal tem divulgado. Ele já anda matutando uma forma de espionar as naves espaciais para se apropriar de alguma tecnologia, já que o Professor Pardal não sai das estórias em quadrinhos e só trabalha a peso de ouro para o Tio Patinhas.
Ele fica imaginando se conseguisse transformar o Fusca 69 em um rápido meio de transporte, desses que andam a velocidade da luz, flutuando no espaço, sem tráfego, sem lombada eletrônica...seria uma maravilha, daria para ganhar bastante dinheiro como táxi.
Por isso ele nunca duvidou da inteligência dos extra-terrestres. Mas os seus sonhos caem no vazio quando percebe que nada disso é palpável, se limita ao imaginário e olhando o seu carrinho carecendo de uma boa reforma, volta a se consolar em uma garrafa de pinga.
Mas o sonho volta a perturbar a sua mente. Fica pensando: e se em vez de um ET bonzinho e camarada, aparecer o chupa-cabras ? É ruim !
Pelo certo, pelo errado, achou por bem se acomodar com a vida terrena e as dificuldades inerentes dela. De repente, em uma dessas viagens cósmicas, surge uma chuva de pedras e a nave vira um bagaço.
Jacinto dá três soquinhos na madeira.
- Que nada, meu fusquinha já é meio arredondado, parece mesmo com um disco voador. Só falta sair do chão e passar dos 60 por hora. Só isso.